domingo, 23 de fevereiro de 2020

5 Álbuns: Que merecem não uma segunda, mas uma terceira chance

Iron Maiden, 1995 -  © Mick Hutson/Getty Images

Sabemos que em algumas bandas nem tudo são flores, algumas mudam de integrantes, mudam o vocalista e outras tentam investir num outro tipo de sonoridade, por esse motivo, alguns álbuns não são muito bem compreendidos e não agradam a maioria dos fãs, em alguns casos, alguns só ganham o devido reconhecimento depois de muito tempo do seu lançamento. Já em outros casos alguns álbuns acabam por sempre serem criticados pelos fãs e colocados como os piores da discografia da banda. Por esse motivo hoje eu elaborei essa lista com base no meu gosto sobre os álbuns que não merecem a segunda chance, mas sim a terceira para uma nova audição.

Mötley Crüe - Mötley Crüe, 1994


Lançado em 1994, originalmente planejado para se chamar "Til Death Do Us Part", o auto intitulado álbum do Mötley Crüe é o sexto de sua discografia e trouxe o vocalista John Corabi substituindo Vince Neil. Outra mudança clara nesse álbum é a sonoridade comparado com o anterior Dr. Feelgood (1989), a banda largou mão do Hard Rock oitentista e investiu num som mais pesado e alternativo nesse disco, que com 60 minutos de duração esse se tornou o álbum mais longo lançado pela banda. 
O direcionamento musical desse álbum se deu pela crescente popularidade do Grunge e da Música Alternativa que estava em ascensão na época.
Com Corabi na banda o som da uma encorpada, e com a adição de outra guitarra somado a sua potencia vocal, podemos notar o porque esse é um álbum que merece mais uma chance, e esta notável em músicas como "Smoke The Sky", "Hooligan's Holiday" e "Power To The Music", e belas baladas como "Loveshine" e a minha favorita do álbum "Misunderstood". 
Segundo Mick Mars, este é o seu álbum favorito da banda, o que já é motivo suficiente para muitos darem uma chance.

Black Sabbath - Fobidden, 1995


Lançado em 1995, Forbidden é muitas vezes lembrado como o pior disco do Sabbath. Trazendo de volta o mesmo line-up que gravou Tyr (1990), contou com a produção de Ernie C, guitarrista do Body Count e uma participação bastante curiosa do Rapper Ice T na música "The Illusion Of Power". Eu particularmente faço parte das pessoas que apreciam Tony Martin no Sabbath e acho ele um bom vocalista e nesse álbum vemos músicas de destaque em que seu vocal brilha como nas baladas "I Won't Cry For You", "Can't Get Close Enough". 
"Shaking Off The Chains" é uma boa música, e tem um bom Riff, "Rusty Angels" é uma música com um bom refrão, e é uma das músicas que dão mais destaque ao álbum, "Get A Grip" ganhou um clipe animado, para ajudar a divulgar o álbum. E embora seja bastante criticado por não soar muito como um disco do Sabbath Forbidden merece uma chance justamente para tentar mostrar que não é a Ovelha Negra da família, embora talvez se o álbum tivesse sido lançado como um álbum solo do Iommi, talvez ele não teria sido tão julgado como é nos dias de hoje.

Def Leppard - Slang, 1996


Lançado em 1996, o polêmico sexto álbum de estúdio do Def Leppard marcou pela mudança no som característico da banda, além de ser o primeiro disco de inéditas a contar com o guitarrista Vivian Campbell (que substituiu o falecido Steve Clark), também foi o primeiro em que o clássico logo da banda não aparece na capa e foi produzido por Peter Woodruffe.
E embora a sonoridade esteja mais voltada para o Alternativo/Grunge podemos ver que a banda não perdeu a sua essência nesse disco com bons Riffs como em "Work It Out" e "Deliver Me", baladas como "All I Want Is Everything" e Blood Runs Cold", além de um refrão que gruda na cabeça como na faixa título. O álbum merece uma nova chance para te mostrar que o Def Leppard pode fazer um som diferente sem perder aquela essência da banda.

Kiss - Carnival Of Souls: The Final Sessions, 1997


Lançado em 1997, o polêmico Carnival Of Souls é um disco que nem sequer é muito comentado quando o assunto é a discografia da banda de mascarados. O álbum marcou por ser o último lançamento de sua fase sem maquiagem e seu lançamento ocorreu durante a reunião da formação original e o retorno das maquiagens, sendo assim ele não recebeu muita divulgação por parte da banda, não tendo turnê e não rendendo algum clipe.
O álbum segue a linha do anterior Revenge (1992) tendo músicas bem pesadas e seguindo a temática grunge que tomou conta da época, músicas como "Jungle", "Hate", "Rain", "Childhood's End" e "I Walk Alone" (a última cantada pelo guitarrista Bruce Kulick) se tornam os destaque de um disco bem curioso lançado pelo Kiss.

Iron Maiden - Virtual XI, 1998


Lançado em 1998, é o segundo álbum da donzela com o vocalista Blaze Bayley. Que após a leve aceitação do disco The X Factor (1995), a banda esperava que o seguinte fosse mais impactante, o que não veio a acontecer devido as performances de Blaze cantando clássicos do Maiden, que não foram das melhores e fez com que muitos perdessem o interesse em ver a banda tocar ou comprar o lançamento mais recente.
Embora seja rejeitado por vários fãs o álbum tem músicas até que muito boas e curiosas como "Futureal", "When Two Worlds Collide", "Don't Look To The Eyes Of Stranger" e "The Clasman" (que vem sendo tocada ao vivo nos últimos shows da banda). Além da melancólica "Como Estais Amigos". É um disco que vale a pena dar mais uma chance, porém para alguns seja recomendado que esqueçam que é um disco da Donzela, para uma melhor audição.